top of page
Buscar
  • Foto do escritorClaudio Junior

O festival online One World: Together At Home, pode ser considerADO um sucesso?

O evento foi transmitido no sábado, dia 18/04.

Foto: Divulgação.

Olhando pelo lado beneficente, realmente foi. Organizado pela cantora pop Lady Gaga, junto com a Global Citizen e a OMS, o evento foi assistido por mais de 20 milhões de pessoas, só nos EUA. E, o mais importante, arrecadou US$ 127,9 milhões para trabalhadores da área da saúde que lidam com o Covid-19. E é merecedor de todos os aplausos pela iniciativa. Mas, estamos passando por uma pandemia. E, no mundo todo, estamos em isolamento social. Confinados. Pelo lado do entretenimento, não posso considerar o festival um sucesso absoluto. Eventos com este intuito não são novidades. Já assistimos a vários: Concerto para Bangladesh (em 1971) organizado pelo ex-beatle George Harrison e por Ravi Shankar; USA for Africa (1985), onde quarenta e cinco artistas norte-americanos, liderados por Michael Jackson e Lionel Richie, gravaram o compacto "We Are The World" para ajudar as vítimas da fome na África, especialmente para a Etiópia; o Live Aid (também em 1985), evento organizado por Bob Geldof e Midge Ure, também com o objetivo de arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia. Até aqui no Brasil aconteceu o projeto Nordeste Já (nome do disco gravado em 1985, por vários artistas nacionais) com o objetivo de angariar fundos para a população carente do Nordeste do país.



Mas, o que estes outros eventos diferem do festival online One World: Together At Home?

Todos eles levavam uma carga esperançosa para diversos e complexos problemas. E o One World: Together At Home trouxe melancolia. Desânimo. E baixo astral. Raras foram as exceções que levantaram a energia: Elton John, que tocou ao piano um de seus maiores sucessos, I’m Still Standing. Ou os Rolling Stones, que apresentaram uma divertida versão de You Can’t Always Get What You Want. Annie Lennox que apresentou o sucesso dos Eurythmics There Must Be An Angel (Playing With My Heart), ao lado da filha Lola Lennox. O restante - e observe que estamos falando de medalhões da música mundial, como Adam Lambert, Jack Johnson, John Legend, Joe Armstrong (Green Day), Eddie Vedder (Pearl Jam), dentre outros - se dividiu entre um piano ou um violão em tons reclusos que desviou do tom emotivo e pousou em solo quase fúnebre. E o exemplo maior foi (infelizmente... Nunca imaginei que criticaria Sir Paul) foi Paul McCartney, que lindamente homenageou sua mãe Mary, que era enfermeira e parteira, e depois cantou e tocou ao piano uma versão esquálida de Lady Madonna.

15 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page