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Biografia - Parte II

  • Foto do escritor: Claudio Junior
    Claudio Junior
  • 8 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

Em tempos tão conturbados politicamente quanto estes atuais é fundamental falarmos sobre educação. E um dos principais nomes da educação brasileira é Anísio Spínola Teixeira (Caetité/BA, 12 de julho de 1900 — Rio de Janeiro, 11 de março de 1971).

Foto: Divulgação

Anísio Teixeira foi jurista, intelectual, escritor e, principalmente, educador. Anísio difundiu as ideias do movimento da Escola Nova. Este foi um movimento de renovação do ensino que nasceu na Europa e que chegou ao Brasil em 1882, através de Rui Barbosa.


Este movimento exerceu grande influência nas mudanças do ensino na década de 1920, por intermédio de Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Cecília Meireles, dentre outros.

A Escola Nova tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, ao invés da simples memorização.

Anísio Teixeira começou reformando sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro. Em 1932 redigiu, junto com Fernando de Azevedo, Roldão Lopes de Barros, Roquette Pinto, Cecília Meireles, dentre outros, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório.


Em 1924, a convite do, então, governador da Bahia Góes Calmon, assumiu o cargo de Inspetor Geral de Ensino, cargo equivalente hoje ao de Secretário da Educação. Em 1931 mudou-se para o Rio de Janeiro, tornando-se Secretário da Educação e realizou uma ampla reforma na rede de ensino, integrando o ensino da escola primária à universidade. Foram muitas e diversas as melhorias que implementou, mas a que gerou maior polêmica foi a criação da Universidade do Distrito Federal, em 1935.


Ainda em 1935, perseguido pelo governo de Getúlio Vargas, Anísio Teixeira mudou-se para sua cidade natal, na Bahia, onde viveu até 1945. Em 1946 assumiu o cargo de conselheiro geral da UNESCO. Também neste ano, foi convidado por Octávio Mangabeira — então eleito para o Governo da Bahia — para ser o Secretário de Educação e Saúde. Dentre suas principais realizações, está a construção na Liberdade — o mais populoso e humilde bairro da capital baiana — a Escola Parque, lugar para educação em tempo integral e que serviria de modelo para os futuros CIACs e CIEPs.


Já no final dos anos 1950, Anísio Teixeira participou dos debates para a implantação da Lei Nacional de Diretrizes e Bases, sempre como árduo defensor da educação pública. Fundou, ao lado de Darcy Ribeiro, a Universidade de Brasília, da qual tornou-se reitor em 1963.


Anísio Teixeira morreu em 1971, em circunstâncias consideradas obscuras. Seu corpo foi achado em um elevador na Avenida Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Apesar do laudo de morte acidental, há suspeitas de que tenha sido vítima das forças de repressão do governo do General Emílio Garrastazu Médici. Seu corpo não tinha sinais de queda, nem hematomas que a comprovassem.

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Em 1999 a MultiRio - empresa de multimeios da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro - em parceria com o CFCH/UFRJ e a Fundação Anísio Teixeira realizou o documentário Especial Anísio Teixeira. Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=89szv9yyfCU

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Biblioteca Estadual Infantil Anísio Teixeira (BEIAT) - possui mais de 13 mil obras e está localizada no Campo de São Bento, em Niterói. Foto: Divulgação.

 
 
 

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